domingo, 1 de junho de 2008

Trabalho!

Ando com tanto trabalho que nem tenho tempo de vir aqui.
basicamente nestes últimos dias tenho trabalhado entre 10 e 12 horas por dia, tive ensaios, tive espectáculo (que correu muito bem. Que fossem todos assim...) fui ao teatro ver uma peça TERRÍVEL e outra menos terrível mas também nada de extraordinário. Queria ir ver todas as que estão no FITEI, mas o trabalho já não deixa mais... E o que é incrível é que estou a trabalhar para o FITEI e não posso ir ver as peças do FITEI... no mínimo irónico....
Pronto, está feito o resumo.

A menos má....

HAMELIN de Juan Mayorga pelos Artistas Unidos


Um texto simples, complexo, em que a culpa oscila.
O texto está editado nos Livrinhos de Teatro nº 20 A tradução teve o apoio do ATELIER EUROPÉEN DE LA TRADUCTION/SCÈNE NATIONAL D’ORLÉANS com o apoio da UNIÃO EUROPEIA Comissão de Educação e Cultura – programa Cultura 2000.Às vezes ouvimos um som aos nossos pés, ou entre as sombras, e temos medo que os ratos já aqui estejam, entre nós. Agora que éramos tão felizes. Às vezes ouvimos nas nossas costas o som daquela flauta e dá-nos medo de nos voltarmos e reconhecermos os olhos do flautista. E corremos para os quartos dos nossos filhos para ver se ainda ali estão. Às vezes tememos que o “Era uma vez” nos alcance como uma língua negra. E que, como uma profecia, cumpra o conto em nós. Nas versões mais antigas do conto, as crianças nunca voltam a Hamelin. O flautista leva-os para sempre com a formosa música da sua flauta. Arrebatando os filhos inocentes, o flautista outorga à culpa dos pais o mais cruel dos castigos. Também este Hamelin é um conto sobre a culpa dos adultos e o seu castigo. Sobre as crianças de uma cidade que não sabe protegê-los. Sobre um menino e os seus inimigos. Sobre o ruído que o rodeia e o medo que nos olha. Juan Mayorga
Hamelin fala do mesmo que o conto: de ratos, de homens rato. A cidade encheu-se de ratos; a perversão está na base da pirâmide: as crianças, a pedofilia. Hamelin fala-nos da perversão, da perversão da educação, da perversão sexual, da perversão das palavras. Unidade familiar significa família para uma criança que não sabe o que isso é? E se a tolerância é zero, quererá isso, para um juiz moderno e democrata, dizer repressão? Hamelin também é, claro, um jogo teatral perverso onde uma personagem-comentador, em contínuo contacto com o público, nos muda o ponto de vista ou nos esclarece acerca de um conceito ou nos comove a adpotar uma postura crítica ou simplesmente senta-se ao nosso lado e olha-nos para ver como olhamos. E é disso que se trata, de olhar. De olharmos.

HAMELIN de Juan Mayorga
Tradução de António Gonçalves
Com Américo Silva, Andreia Bento, António Filipe, João Meireles, Paulo Pinto, Pedro Carraca e Sylvie Rocha
Cenário e figurinos de Rita Lopes Alves
Luz de Pedro Domingos
Direcção e produção de António Simão e João Miguel Rodrigues
Assistência Ana Lázaro,
M/16



A terrível...

A peça “Say It With Flowers”, uma co-produção da TMF, E.M. e da Ar de Filmes que conta com encenação de António Pires sobre um texto da dramaturga Gertrude Stein.
Trata-se de um “espectáculo muito visual de grandes momentos coreográficos e musicais, com interpretações fortes orientadas pelo universo de Stein. O resultado é um movimento contínuo, como se de uma coreografia se tratasse, onde as palavras funcionam como uma partitura sonora”, frisa o Teatro das Figuras.

O elenco é composto por uma nova geração de actores portugueses, nomeadamente, Francisco Tavares, Graciano Dias, Margarida Vila-Nova, Maya Booth e Miguel Moreira, actores bem conhecidos do público.


2 comentários:

Anónimo disse...

Viste e não reparaste que não era com a Margarida? Era com a Rita Brutt, minha colega da Act bem como o Graciano e o Francisco!

Eu Próprio disse...

Claro que reparei...