domingo, 26 de abril de 2009

Nem sei que nome lhe dar

Não sou vegetariano, mas cada vez tenho mais vontade de me tornar num. Sei que seria bastante difícil, ainda mais para mim que gosto de comer e sou um carniceiro total. Mas realmente há coisas que são capazes de me tocar e o Filme/Documentário que vi ontem sem dúvida foi uma delas.

Apetecia-me sair de casa e mandar uma mocada em todas as pessoas que fazem mal aos animais. Mas não dava apenas uma, dava centenas delas; e aí passava a ser terrorista. E passava a ser como eles (dilema moral ao mais alto nível).

Não defendo radicalismos, mas por vezes realmente fico a pensar nisso. É inacreditável o que o ser humano consegue fazer ao animais, mas se até o fazemos a nós próprios...... O Documentário não só me deixou a pensar nos maus tratos para com os animais, mas também na própria espécie humana como o mais adaptável dos parasitas. Pois se pensar-mos bem, somos uma espécie parasitária.


parasita adj. 2 gén. s. 2 gén.

1. Que come ou vive à custa alheia.
2. Fig. Inútil, supérfluo.
3. Bot. Diz-se das plantas que nascem e se desenvolvem sobre outras plantas.
4. Zool. Diz-se do animal que, interior (entozoário) ou exteriormente (epizoário), vive à custa da substância de outro.



Seremos nós assim tão diferentes? Acho que não; somos autênticos parasitas, que sugamos tudo até não dar mais. Somos parasitas do nosso próprio planeta.

Claro que este discurso já está um bocado radicalizado (eu sei) mas fiquei mesmo revoltado com o que vi, cada vez tenho menos esperança. Realmente só mesmo através da arte julgo poder haver uma saída ou pelo menos que funcione como uma espécie de catalisador ou catarse.

Certos comportamentos, compreendo na perfeição quando vivíamos na pré-história, foi a evolução natural. O homem matava para comer e para se vestir. Nada mais certo (ou então nunca teríamos chegado tão longe).

Mas algures durante o processo evolutivo, alguma coisa falhou e não percebemos que devemos viver com a Natureza e não contra ela. Agora já não precisamos de peles para nos aquecermos... então porque continuamos a insistir?! Já temos métodos de abate sem sofrimento. Então porque continuamos a não os utilizar?! Já sabemos que matamos mais do que precisamos para sobreviver. Então porque o continuamos a fazer?!

Das duas uma ou sou muito avançado ou muito atrasado, mas realmente é triste um "puto" com 25 anos perceber que nós espécie humana somos uma espécie de teste falhado, capazes do melhor e do pior. E é também triste perceber que a esperança é curta e que a evolução caminha para a destruição. Não sou um pessimista por Natureza nem um proclamador da desgraça, mas realmente se queremos que alguma coisa mude, temos de ser nós a mudá-la.

Algures no filme dizia-se mais ou menos assim, que se tivéssemos de matar pessoas para comer como fazemos com os animais todos seriamos vegetarianos.
Eu simplesmente não acredito! As barbaridades não são só contra os animais, mas também contra nós próprios. O massacre é total e assustadoramente abrangente.

Se vou deixar de comer carne....? Beber leite....? Comer ovos e afins....?

Vamos ver.... vamos ver..... mea culpa, mea culpa. Mas algo tem de mudar.

Comprem ovos que digam na caixa que as galinhas foram criadas ao ar livre e assim com todos os animais. A agricultura biológica pode ser o futuro.

Deixo aqui o link onde podem arranjar o Filme/Documentário que me trouxe até esta divagação. Acho que todos deveriam ver isto.


AVISO: Contém imagens chocantes. Não aconselhável a pessoas de sensibilidade apurada.

Earthlings

(é só seguir a instruções disponibilizadas pelo site)

NOTA: ESTE FILME NÃO FOI POR MIM COLOCADO NA INTERNET. É APENAS UM LINK PARA OUTRAS PÁGINAS DA WEB. FAÇA O DOWNLOAD SOMENTE PARA TESTE, DEVENDO DE SEGUIDA APAGÁ-LO. SE GOSTAR COMPRE. SOU TOTALMENTE A FAVOR DOS DIREITOS DE AUTOR.

1 comentário:

Femme chocolat disse...

não é assim tão difícil ser vegetariano! pensava que era mas não é! lê o livro "libertação animal" do peter singer