sábado, 27 de dezembro de 2008

Massacre do Natal foi premeditado


A polícia acredita que o homem vestido de Papai Noel que invadiu uma festa de Natal e matou nove pessoas na Califórnia, antes de incendiar a casa onde ocorreu a tragédia, premeditou o crime e pretendia fugir dos EUA.

Segundo o chefe da polícia de Covina, Kim Raney, o atirador preparou um plano meticuloso, durante meses, para matar a ex-esposa, com quem foi casado durante dois anos e havia se separado há pouco tempo.

Entre os nove mortos estariam a ex-esposa do atirador e os pais da mulher.

Vestido de Papai Noel, Bruce Pardo bateu na porta da residência dos ex-sogros em Covina, 37 quilômetros ao leste de Los Angeles, pouco antes da meia-noite do dia 24 de dezembro.

Ao entrar na casa, Pardo disparou contra uma menina de oito anos, que abriu a porta, e saiu atirando contra os demais convidados da festa de Natal. A menina, ferida, está fora de perigo

Entre os feridos há ainda duas adolescentes, de 16 anos e 13 anos.

Antes de fugir, o agressor ateou fogo à casa com um lança-chamas improvisado, enquanto os convidados fugiam em desespero, por portas e janelas.

Segundo o chefe da polícia de Covina, Pardo pretendia fugir para o Canadá e tinha 17 mil dólares em dinheiro consigo, mas o plano fracassou porque ao incendiar a casa, ateou fogo na própria roupa, de Papai Noel, sofrendo uma grave queimadura.

"Tudo indica que pretendia cometer o crime e fugir do país, mas não previu que ficaria ferido", disse Kim Raney.

Pardo, 45 anos, aparentemente cometeu suicídio. Seu corpo foi encontrado com um tiro disparado na cabeça, na casa do irmão, horas depois do massacre.

Pelo menos 80 bombeiros foram mobilizados para apagar o fogo, que destruiu completamente a casa.

Após o rescaldo, a polícia foi encontrando mais corpos nos escombros e o número de óbitos chegou a nove nesta sexta-feira. O estado dos corpos por causa do incêndio não permite uma identificação imediata.

A polícia informou ainda ter encontrado um veículo abandonado nas proximidades da casa com uma grande quantidade de munições e uma bomba artesanal, que explodiu quando era desarmada.

O crime de Pardo, um engenheiro da indústria aeroespacial, surpreendeu alguns de seus conhecidos. Segundo o jornal Los Angeles Times, citando um freqüentador da igreja do agressor, "tratava-se de uma pessoa mais simpática que se podia imaginar". "Sempre era um prazer falar com ele. Ele estava sempre sorridente".

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