sábado, 4 de dezembro de 2010

Engravida do avô

A viver numa instituição desde muito nova, Maria (nome fictício) viu o seu desejo concretizado aos 16 anos: viver com os avós paternos em S. Mamede de Infesta, Matosinhos. Mas aquilo que parecia ser um sonho rapidamente se tornou num pesadelo. A jovem, que sofre de um atraso mental, foi violada pelo avô, de 71 anos, e recentemente descobriu que estava grávida de 20 semanas, pelo que já não pode abortar.

A vítima, que já completou 19 anos, fez queixa às autoridades, tendo o processo seguido agora para a Polícia Judiciária. A jovem e a avó, que se encontra acamada, foram já retiradas da casa onde viviam com o violador, tendo sido acolhidas por familiares.

Maria começou a ser abusada pouco tempo depois de ter saído da instituição, onde vivia desde que a mãe saiu de casa e o pai emigrou para Espanha. Aproveitando-se do facto de a esposa estar acamada, o avô agarrou a jovem, arrastou-a para uns anexos e forçou-a a repetidos e violentos actos sexuais. Consumado o acto, o homem ameaçou a neta com uma faca, obrigando-a a manter-se em silêncio. As violações repetiram-se várias vezes ao longo de mais de dois anos, tendo Maria suplicado várias vezes ao violador que não abusasse mais dela.

Há cerca de uma semana, a rapariga começou a sentir bastantes enjoos e decidiu falar com uma tia. A mulher percebeu de imediato que a jovem estava grávida e confrontou Maria, que confessou que o avô a violava há muito tempo. A vítima apresentou queixa numa esquadra da PSP e realizou vários exames que confirmam os abusos. No hospital, os médicos perceberam ainda que a jovem está já grávida de 20 semanas, pelo que legalmente já não pode abortar.


in Correio da Manhã

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