terça-feira, 26 de outubro de 2010

O fim da era Walkman

A Sony anunciou, a semana passada, que vai pôr fim à comercialização no Japão do conhecido leitor de cassetes. Mas os aparelhos vão continuar a ser vendidos em países menos desenvolvidos (e a marca Walkman continuará a ser usada nos leitores de MP3).

Na década de 1980, o Walkman teve o mérito de ser um aparelho barato e prático (para os padrões da altura), de ter som stereo e, sobretudo, de ter sido bem publicitado pela empresa.

Já em 1978 a própria Sony comercializara um leitor portátil de cassetes. Mas era demasiado caro para o consumo geral. Um dos administradores da Sony, porém, era fã do aparelho (usava-o nas longas viagens de avião) e deu instruções para que a empresa criasse um leitor semelhante, mas com um preço reduzido.

O primeiro mês após o lançamento foi decepcionante: apenas três mil unidades foram vendidas. Porém, o marketing da Sony acabou por triunfar e, até ao final de 1979, as vendas dispararam.

Um dos problemas que a Sony enfrentou inicialmente foram os grandes auscultadores – inicialmente eram considerados inestéticos e foram um entrave à adopção do aparelho. Mas a Sony (em parte graças a anúncios com pessoas famosas a usá-los) conseguiu transformá-los num adereço de moda.

A marca Walkman veio a ser usada noutros leitores de áudio da empresa, incluindo o leitor de CD, de mini-discs e os novos leitores digitais.

Há cerca de um ano, a BBC fez uma experiência: pediu a um adolescente de 13 anos que usasse um Walkman em vez do iPod. Foram precisos três dias para que o jovem descobrisse que a cassete tinha dois lados.

in Público

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