Por seu lado, o deputado socialista interpôs uma providência cautelar para suspender a divulgação do vídeo da entrevista.
"Confrontado com perguntas sobre as suas ligações a um antigo processo de burla nos Açores e a casos de pedofilia, o deputado levantou-se, enfiou os dois gravadores nos bolsos das calças e saiu da sala, mas esqueceu-se que a entrevista estava a ser filmada", revelou à agência Lusa, Fernando Esteves, um dos jornalistas da revista.
Segundo o jornalista, "daí a dez minutos, já a saída da Assembleia da República, encontrámo-lo e eu perguntei-lhe pelos gravadores, mas o deputado disse que já os tinha entregado a alguém que iria tratar daquilo. Suponho que queria dizer que ia desgravar a entrevista".
Deputado explica o motivo da sua acção
O vice-presidente da bancada parlamentar socialista justifica o seu acto dizendo que foi uma forma irreflectida de reagir a questões injuriosas. Na sua declaração, sem direito a perguntas, feita ontem no Parlamento.
"Porque a pressão sobre mim constitui uma violência psicológica insuportável, porque não vislumbrei outra alternativa para preservar o meu bom nome, exerci acção directa e, irreflectidamente, tomeis posse de dois equipamentos de gravação digital, os quais hoje são documentos apensos à providência cautelar que corre termo no Tribunal Civil de Lisboa", afirmou Ricardo Rodrigues aos jornalistas.
O deputado acrescentou "que tive oportunidade de alertar os entrevistadores para o seu tom inaceitavelmente persecutório, bem como para os temas e factos suscitados falsos, e mesmo injuriosos".
"Foi o caso de alegada cumplicidade minha com clientes que patrocinei na minha actividade profissional, como advogado, que foram condenados relativamente a factos de 1997", esclareceu."
in RTP
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