domingo, 14 de junho de 2009

António Variações


Chamava-se António Joaquim Rodrigues Ribeiro, mas foi como António Variações que se tornou conhecido.

O cantor e compositor, que também foi barbeiro de profissão, tornou- -se um caso único de popularidade no panorama musical português, com temas marcantes como "Estou além" ou "O corpo é que paga". Morreu faz hoje 25 anos.

António Variações nasceu em Fiscal, pequena aldeia de Amares (Braga), em Dezembro de 1944, no seio de uma família da camponeses. Aos 11 anos, terminada a instrução primária, rumou até Lisboa para ser marçano. Contudo, acaba por trabalhar num escritório. Rumou até Londres onde permaneceu um ano a lavar pratos. Em 1976, regressa, mas por pouco tempo, já que de seguida parte para Amesterdão onde aprende o ofício de cabeleireiro.

Em 1978, grava uma maqueta com alguns temas que apresenta à "Valentim de Carvalho", editora com a qual acabará por assinar contrato. O primeiro trabalho que gravou foi o single "Povo que lavas no rio", popularizado por Amália Rodrigues, uma das suas grandes referências. O seu primeiro longa duração, "Anjo da guarda", também foi dedicado à fadista. Em Fevereiro de 1984, António entra de novo em estúdio, depois de um ano de concertos em vários pontos do país. Acompanham-no nesta fase os músicos dos Heróis do Mar e com eles lança o álbum "Dar e receber", onde incluía um tema marcante como "Canção do engate".

Em Maio desse mesmo ano, dá entrada no hospital e, no dia 13 de Junho, morre vitimado por uma bronco pneumonia.


in Jornal de Notícias

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